Aprumei as costas há pouco
E, com os dedos nas estrelas,
Inspirei o cheiro do pôr-do-sol.
Apanhei tudo o que era meu:
Estopa, anzol, faca, viola, pão...
Desenlacei o cavalo e parti.
O galope compassava o peito
E a folhagem tocava os ombros
Indicando, na trilha, a distância.
No segundo outeiro, os cafés,
De onde já avistava o casebre
E mais ansiava outra chegada.
O descanso vem pelos olhos.
De certo, à porta, me esperam
E, acolhendo, abrem os braços
Num gesto de ternura e fulgor
De quem compartilha vitórias
Tão simples em cada dia vivido.
Igor Oliveira
simples...
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